O Dr. Heitor Pereira Carrilho nasceu no
dia 21 de março de 1890, em Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, filho de
José Calistrato Carrilho e de D. Maria Emília Pereira Carrilho.
Doutorou-se em Medicina pela Faculdade
de Medicina do Rio de Janeiro em 1913, defendendo tese intitulada
“Contribuições ao estudo das formas depressivas da psicose pré-senil”. Pouco
tempo depois, começou a exercer clínica geral com especialização em Psiquiatria
no Hospital de Alienados da Praia Vermelha, onde transformou-se em um grande
mestre da Psiquiatria, exercendo grandes cargos junto aos seus companheiros e
acadêmicos Dr. Juliano Moreira e Dr. Austregésilo; foi Interno
extranumerário (1909), Interno efetivo (1910), Alienista interino (1917) e
Alienista efetivo (1918).
Foi eleito Membro Titular da Academia
Nacional de Medicina em 1929, apresentando Memória intitulada “Estudo clínico
das epilepsias emotivas”. Foi, também, Membro da Sociedade Brasileira de
Psiquiatria e Medicina Legal.
O Dr. Carrilho foi médico encarregado
do Serviço de Alienados Delinquentes, em 1919, da Assistência e Alienados do
Distrito Federal (Seção Lombroso) – lá tornou-se Membro do Conselho
Penitenciário do Distrito Federal.
Dedicou sua vida pública ao manicômio
judiciário do Rio de Janeiro. Seguindo a orientação de Juliano Moreira, Heitor
Carrilho lutou para que fosse inaugurado o Manicômio Judiciário em 1921, tendo
sido o seu primeiro diretor. Nessa função, organizou suas diferentes seções,
burocráticas, técnicas e científicas, até 1954.
Dedicou-se inteiramente à prática da
Clínica Psiquiátrica, mas também cultivou a Psiquiatria Forense e a
Psicopatologia Criminal. Seu nome batiza o Hospital de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico Heitor Carrilho, na rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro. Outra
homenagem foi feita em sua cidade-natal, quando a Clínica Heitor Carrilho foi
inaugurada ainda nos anos 1950.
Em 1928, relatou, após intensas
pesquisas e várias entrevistas, o célebre laudo pericial, muito moderno para a
época, que declarou a inimputabilidade penal do famoso criminoso Febrônio Índio
do Brasil, o Filho da Luz, inaugurando o Direito Positivo no Brasil.
Com a morte de Juliano Moreira, Heitor
Pereira Carrilho o substituiu no Conselho Penitenciário do Rio de Janeiro, em
1930. Nesse período, organizou e chefiou o Serviço de Assistência aos
Psicopatas do Estado do Rio de Janeiro.
O Dr. Heitor Pereira Carrilho deixou
vários trabalhos publicados, dentre os quais podemos destacar: “A respeito dos
intervalos lúcidos da psicose maníaco-depressiva” (1921), “Psicopatologia da
paixão amorosa e seu aspecto médico-legal” (1933), “Considerações sobre a
periculosidade dos epiléticos” (1934) e “As personalidades psicopáticas em face
da legislação penal brasileira” (1951).
Em 1955 o Manicômio Judiciário do
Serviço Nacional de Doenças Mentais teve o seu nome alterado por Decreto 37.990
de 27/09/1955 passando a designar-se Hospital de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico Heitor Carrilho, localizado na rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro.
Outra homenagem foi feita em sua cidade-natal, quando a Clínica Heitor Carrilho
foi inaugurada ainda nos anos de 1950. Também, foi homenageado com nome da rua
Doutor Heitor Pereira Carrilho, no bairro Freguesia do Ó, em São Paulo.
O Dr. Heitor Pereira Carrilho faleceu
no Rio de janeiro, no dia 20 de maio de 1954.
FONTE – IWIKIPÉDIA E INTERNET